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100 anos do Manifesto de Córdoba: "Toda la educación es una larga obra de amor a los que aprenden"

Estudantes tomam a Reitoria da Universidade

 

La autoridad en un hogar de estudiantes, no se ejercita mandando, sino sugiriendo y amando: Enseñando. Si no existe una vinculación espiritual entre el que enseña y el que aprende, toda enseñanza es hostil y de consiguiente infecunda. Toda la educación es una larga obra de amor a los que aprenden. Fundar la garantía de una paz fecunda en el artículo conminatorio de un reglamento o de un estatuto es, en todo caso, amparar un régimen cuartelario, pero no a una labor de Ciencia. […] Las almas de los jóvenes deben ser movidas por fuerzas espirituales. Los gastados resortes de la autoridad que emana de la fuerza no se avienen con lo que reclama el sentimiento y el concepto moderno de las universidades. El chasquido del látigo sólo puede rubricar el silencio de los inconscientes o de los cobardes. La única actitud silenciosa, que cabe en un instituto de Ciencia es la del que escucha una verdad o la del que experimenta para crearla o comprobarla"

O trecho acima foi retirado do “Manifesto da Federação Universitária de Córdoba – Da juventude argentina de Córdoba aos homens livres da América do Sul”, documento escrito e divulgado por um grupo de estudantes da Universidade de Córdoba (Argentina) em 21 de junho de 1918. Considerado por alguns autores como um precursor das barricadas de 1968 de Nanterre e Paris, o movimento argentino eclodiu numa instituição fundada por jesuítas no início do século XVII, e que até o alvorecer do século XX, ainda seguia fortíssimas tradições religiosas.

Exatos 100 anos depois, o texto permanece extremamente atual. Entre as principais reivindicações do movimento de Córdoba estão: a autonomia universitária, eleições livres e “transparentes” para os cargos diretivos da Universidade, liberdade de cátedra, a democratização do acesso e permanência, o reconhecimento da pesquisa como importante papel da Universidade e o estabelecimento de um compromisso com a sociedade pela via do desenvolvimento de ações de Extensão.

O Manifesto de Córdoba é celebrado como um marco na história das universidades latinoamericanas, e especialmente da extensão universitária.

O “Manifesto da Federação Universitária de Córdoba – Da juventude argentina de Córdoba aos homens livres da América do Sul” – documento do qual o trecho acima foi retirado – datado de 21 de junho de 1918, permanece revestido de uma atualidade pungente, exatos 100 anos após sua divulgação. O texto foi escrito durante a movimentação estudantil que irrompeu diante de um modelo de universidade construído por e para as elites hispano-americanas no princípio do século XVII e passou à História como a “Reforma Universitária de 1918”. Reivindicavam os estudantes de antanho, autonomia universitária, liberdade de cátedra, o reconhecimento da importância da pesquisa e a expressão de um compromisso social firmado a partir da Extensão Universitária. O Manifesto de Córdoba é considerado portanto, um marco na história das universidades latinoamericanas.

Um século depois, autonomia e liberdade ainda são temas em construção na Academia. É encorajador que hoje, a extensão universitária e a pesquisa científica – não obstante a carência de recursos financeiros destinados a ambas – estejam consolidadas, ao lado do ensino, como funções precípuas da Universidade.

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